sábado, 17 de novembro de 2012

ShoShoujo: Sobre

ShoShoujo: Sobre: Histórico do blog Este blog foi fundado em 16 de maio de 2011, com o intuito de fazer uma biblioteca com todos os mangás e animes que con...
Continuação...

 Estou no fim do meu expediente e Nagata-san ainda não veio. Será que aconteceu alguma coisa? Será que ele não quer mais me ver? Eu fiz algo? Ah... por que isso me incomoda tanto, nos conhecemos ha um mês, dois?
E interrompendo meus devaneios surge Nagata-san, e o alívio em mim é perceptível na minha face.

- Olá, Nakahara-san... você já terminou por hoje?
E antes que eu respondesse algo a senhora Machiko tira meu avental e me manda ir com ele
- Comportem-se crianças  rs!               Diz a velha ao me dispensar

Calada !!

Assim que saímos Nagata-san segura a minha mão e me leva ate o semáforo. Olho para nossas mãos entre lassadas sem entender o porquê de tudo aquilo.
Nagata-san se vira em minha direção leva a minha mão até seus lábios e beija os nós dos meus dedos. Ele fica assim por um tempo, e quando finalmente decido perguntar o que esta havendo ele começa a falar.

- Nakahara-san, quando eu era criança eu sempre tive tudo, podia tudo, menos brincar com outras crianças.  Eu me sentia sozinho. Uma das empregadas me dizia que escrever ajudava a expressar tudo aquilo que eu mantinha guardado no meu coração, foi ai que comecei a escrever.
 Eu realmente gostava de escrever...gosto. Quando atingi uma certa idade decidi sair de casa e caminhar com minhas próprias pernas, com minhas próprias forças, ver o mundo com meus olhos, mas meu pai foi contra, e depois de uma discussão ele disse que não se importava com o que eu fizesse desde que não o procurasse para pedir dinheiro. Aquilo me machucou muito, primeiro eu perdi minha mãe e depois meu pai.
 Eu me tornei escritor, e consigo viver bem com isso, fazendo o que amo, mas mesmo assim ainda estou sozinho... ou estava até aquele dia em que você se arriscou por mim.

- Escritor? espere...  minha voz simplesmente não sai.
- Por favor, me deixe terminar - suspiro- por favor...
 Um nó se forma em minha garganta , então com um aceno digo que sim.
-... eu quis me aproximar de você, eu quis te conhecer melhor , eu achei que ser seu amigo seria o suficiente.
Eu nunca me expus assim para ninguém, você é a primeira. Eu me sinto tranquilo e feliz quando estamos juntos, e solitário quando estamos longe..... Eu me apaixonei...eu preciso de você.

A terra some diante de mim. Caramba o que foi isso? Nós não eramos amigos? O que eu posso fazer agora? Ah isso me deixa louca. Ele mexe comigo sim, mas será que eu sou capaz de velo como homem? E ele é mais velho...minha cabeça dói.

- Eu não sei o que te dizer...          digo quase num sussurro
- Não diga nada, só me beije...                     Não seria o contrario? 
- O QUE? Eu não posso fazer isso...                 é constrangedor demais.
Minha voz sai num tom de desaprovação e no mesmo instante ele solta minha mão. Ele ficou me olhando como se eu lhe desse uma tapa. Ele baixou os olhos, sorriu.
- Eu entendo... me desculpe, não poderei te levar pra casa hoje...
- Tudo bem...
Dizendo isso ele me deixou ali e foi embora.

Nagata-san não veio mais a floricultura depois disso. Será que ele ainda esta magoado comigo? O que eu poderia fazer? Eu estava com medo, como poderia beijá-lo?.... Sinto sua falta, os dias não são os mesmos sem ele.
Durante vários dias eu esperei, esperei e ele não veio. Ele não virá mais? Será que aconteceu alguma coisa? Preciso vê-lo, saber se ele esta bem.

- Inu , aconteceu algo?
- Ah senhora Machiko me Desculpe, a senhora precisa de alguma coisa?
- Claro querida...preciso que traga sua felicidade de volta, desde que esse rapaz parou de vir aqui você não sorri mais. Até as suas flores estão tristes... isso não é bom para os negócios.
- Não tinha notado...me desculpe..
- Não deixe esse homem escapar querida... vá, o movimento esta baixo eu dou conta de tudo.
- Eu não sei onde posso encontrá-lo, de qualquer forma.
- Isso aqui ajuda? Ele acaba de encomendar um buque para entregar num hotel aqui perto, você pode fazer a entrega e conversar com ele.
- Mesmo? Quero dizer, obrigada.

Peguei o buque e fui ao endereço que a senhora Machiko me entregou. É o mesmo buque daquela vez... não devo pensar nisso. Aliás o que eu direi quando me encontrar com ele? o que eu sinto por ele?
 Enfim cheguei ao hotel, e logo no hall me deparei com Nagata-san conversando com uma mulher linda.
Essa visão me chocou muito, não sei se por ciúmes ou raiva por ele ter desistido de mim fácil... mas o que eu espero que ele faça, o que ele quer que eu faça?
    Meu corpo se move antes que eu note, e logo estou o segurando pelo braço e o arrastando para fora do hotel. A mulher nos olha surpresa, mas não nos segue.

- Er, Nakahara-san, eu estou ocupado agora então....

E antes que ele terminasse a frase eu lhe dei um beijo desesperado, aflito, cheio dos sentimentos que estão transbordando dento de mim. Eu quero saber mais sobre ele, quero protegê-lo, quero que ele me ame ainda mais, até que ele não possa mais me esquecer. Quero que ele me faça esquecer...aquele dia doloroso.

- VOCÊ DISSE QUE ESTAVA APAIXONADO POR MIM, MAS VOCÊ NÃO VOLTOU MAIS...
É FÁCIL ASSIM ME ESQUECER, ERA SÓ BRINCADEIRA? ... EU...EU....NÃO QUERO QUE FIQUE COM ELA!

- Espere aqui.

Ele pegou o buque de minhas mãos e foi em direção a aquela mulher, ele lhe entrega o buque e depois de  trocarem alguns comprimentos, ele voltou em minha direção.

- Venha.

Ele segura a minha mão com força, como se estivesse evitando a minha fuga, ou  raiva por ter atrapalhado seu encontro. Merda!  Estamos próximos ao centro da cidade, ele ainda segura minha mão fortemente, até chegarmos em um prédio. Olhando fixamente com aqueles olhos cinzas , ele me conduz até o elevador.

- Onde estamos?   Pergunto, tentando decifrar sua expressão.
- Minha casa, precisamos conversar.

Meu Deus, ele me trouxe para a casa dele!

- Chegamos, venha.

Nos dirigimos ao apartamento 27, ele tira as chaves do bolso e abre a porta. Ele me cede a vez pra que eu passe a frente e entre no apartamento. É um apartamento aconchegante, com poucos móveis, muitos papéis espalhados sobre a mesa de centro, Talvez contas a pagar? acho que não, ele disse que estava bem financeiramente... ah poderiam ser manuscritos?

- Desculpe a bagunça... Sente-se, por favor.
- Ah, claro...
minha voz sai mais tremula do que eu gostaria.

- Nakahara-san, naquele dia que você me rejeitou eu fiquei magoado. Sei que sou mais velho que você e que tenho mais experiência, mas eu falava serio quando disse que você era a primeira a me ver daquele jeito. Eu me afastei para não perder a cabeça e te beijar, te tocar, te fazer minha, até que você sentisse a mesma necessidade de mim que eu tenho de você. Eu queria ser o amigo que você esperava...mas não posso, não agora. E então hoje você faz isso.... eu não entendo...

Ah não, aquela expressão....

- Nagata-san.... eu me apaixonei uma vez na escola, eu o idolatrava. Ele era o garoto mais popular da escola e  no dia do festival, em frente a fogueira ele se confessou pra mim. Eu estava muito  feliz... mas depois disso ele foi cruel, ele só estava brincando comigo, eu era a piada da vez. Ele mostrou para todos da escola o dia em que ele...roubou...me forçou... todos riram de mim. Eu jurei me tornar forte, decidi que não seria enganada novamente, que não me apaixonaria novamente... mas então você aparece e me confunde, me fez querer quebrar a promessa... eu quis ser beijada por você, mas então você esperou isso de mim...e tudo isso veio a tona... soluço...eu não rejeitei você, eu só tenho medo.

Fecho os olhos para deixar as lagrimas rolarem, não quero ver seu rosto agora... Ouço o ruido de passos em minha direção, e então, sinto seus dedos gélidos acariciando meu rosto. Ele começa limpar minhas lagrimas carinhosamente e então me abraça

- Eu nunca faria isso com você, não sou mais uma criança, sei muito bem o que eu quero. Eu quero você, quero te tocar, sentir você....mas não vou fazer nada que não queira, que possa te machucar. Acredite em mim.

Ficamos ali por um longo tempo, não sei que horas são, mas não me importo. Só quero ficar assim mais um pouco. A noite cai e me desvencilhando de seus braços, fito seu rosto por um instante. Nossa que horas são? já anoiteceu....

- Nakahara-san, você pode passar a noite aqui, esta tarde para ir. Você pode ficar com a cama, e se quiser tomar um banho você pode pegar alguma roupa no meu armário. Eu vou ficar aqui na sala se você precisar de algo.

Faço que sim com a cabeça e me dirijo ao quarto. É tão constrangedor estar no quarto de um homem, ainda mais depois da nossa conversa. Sera que ele vai tentar algo? Não....acho que não, bom o que eu preciso agora é de um banho para relaxar, amanhã será um novo dia...
 Entro no chuveiro, tomo um banho rápido mas revigorante, a água estava ótima. Volto para o quarto e abro o armário do Nagata-san, mas é tudo tão grande pra mim, o que eu posso usar? E no mesmo instante um pensamento me ocorre... pego uma camisa e a aproximo do meu nariz. Que cheiro bom... esse é o cheiro do Nagata-san... e interrompendo meus devaneios surgem as batidas leves na porta.

- Nakahara-san, eu preciso pegar um travesseiro e um cobertor, posso entrar?

Merda e agora, eu ainda não vesti nada! De imediato coloco a camisa que estava segurando e tento secar meus cabelos o mais rápido que consigo.

- Nakahara-san, esta tudo bem?
- Er, claro pode entrar...              sinto meu rosto queimar, caramba!

Nagata-san entra no quarto devagar, com receio eu acho, e então me olha espantado por um minuto, e derrepente, desvia o olhar caminhando até o armário e pegando o que havia dito antes e saindo do quarto sem dizer uma palavra.
 Parte de mim ficou aliviada por ele ter saído, mas outra parte ficou deprimida por ele não dizer nada. Será que não sou atraente o suficiente? Me deitei na cama e tentei dormir um pouco, mas não consegui. Rolei de um lado para outro na tentativa de achar uma pode confortável. Acabo dormindo por cansaço e tendo de novo aquele pesadelo...

- NÃO, ME SOLTA POR FAVOR.... NÃO... NÃO!
-Ei, esta tudo bem foi só um pesadelo, se acalme eu estou aqui com você...

Sinto a preocupação na voz do Nagata-san, ele esta me confortando... tão bom.

- Nagata-san... me toque, me faça esquecer...por favor
- Ah minha menina, o que fizeram com você.... eu não posso, não assim...
- Por favor, faça amor comigo...
- Eu.. desisto.

Nagata-san me deita na cama e beija meus lábios suavemente, então coloca sua língua em minha boca e começa a move-la, de modo que sua língua corre a minha boca inteira, se enroscando na minha.
 Ele para para me deixar recuperar o fôlego e então me observa.

- Você me deixa louco... tão linda...

E volta a me beijar, subindo as mãos pelas minhas pernas e apertando meu quadril.

- Posso continuar?  Pergunta nagata-san e posso ver a preocupação em seu rosto
- apague a luz... sussurro

No momento em que ele se levanta posso ver a sua ereção. Caramba!
Ele caminha ate o interruptor e apaga a luz, se dirigindo a mim novamente.

- Ai....meu dedo!
- haha  cuidado, você vai acabar se matando
- Pelo menos você sorriu...
- Como você sabe? Você não pode me ver...
- Não preciso... agora onde paramos... a sim me lembrei..

Ele começa a soltar os botões da camisa que eu visto, devagar, e então a tira, descendo os dedos pelo meu pescoço até os meus seios. Ah seu toque é diferente daquele, é terno e doce...ele beija meu queixo e vai descendo até encontrar meu outro seio. Ele o beija e o suga, me fazendo estremecer. Meu coração parece que vai sair pela boca. Não tenho medo, não com ele.
Ele volta a me beijar com aquela língua calorosa e provocante enquanto com uma das mãos desce até o meu sexo. Nossa! Ele me acaricia de leve Ali, com movimentos circulares... interrompendo o movimento, ele se livra das roupas, deitando sobre mim e me penetrando, calma e carinhosamente.
  Acordo pela manhã e vejo que ele ainda esta ao meu lado, dormindo feito pedra. Fico ali o admirando enquanto me lembro do que fizemos. Caramba, como posso encará-lo depois daquilo... e interrompendo meus devaneios me dou conta de que tenho que trabalhar. Me levanto da cama de modo silencioso para não acorda-lo, pego minhas roupas e começo a me vestir.

- Já esta acordada... como você esta?
- Estou bem, só preciso ir trabalhar...
- Ei venha aqui um instante.

Me aproximo da cama e ele me agarra e me beija apaixonadamente, me deixando sem reação.










quinta-feira, 15 de novembro de 2012

 continuação...

... - você aceitaria tomar um café comigo?
O quê?
- Eu não gosto de café...
 respondo e observando sua expressão de expectativa desmoronar e se tornar ... o que ?
- Ah claro, me desculpe...

Ele me desarmou totalmente com aquele olhar triste, como se eu o tivesse magoado, mas tudo isso por causa de um café? Não entendo essa pessoa... mas pela primeira vez desde...aquilo, que eu não sinto necessidade de manter distância .

- ..Não gosto de café, mas você poderia me pagar um suco, talvez?
Ele me olha espantado como se não acreditasse no que eu acabei de dizer e ele sorri feito um menino... own!*.*

- Haha, claro... posso te chamar de Nakahara-san?
- Pode...Nagata-san...   tento esboçar um sorriso
- Vamos?

Caminhamos até um pequeno café e nos sentamos em uma mesa próxima à janela. Ficamos ali contemplando o vai e vem de pessoas, sem dizer uma palavra. Pedi um suco e ele um café, e o silêncio ainda presente. Será que ele esta desconfortável comigo? Mas o porque desse convite tão repentino?
Porque as flores? Não que eu não goste mas...

- Nakahara-san... eu sei que você deve estar se perguntando o motivo do meu convite, me achando estranho... ele faz uma pausa, pousando os olhos no livro que deixei junto ao buque.
Ele sorri de maneira irônica e retoma a frase... na verdade não sei o que lhe dizer, eu só... queria conversar com alguém.

E então ele fica com uma expressão vazia de cortar o coração. Porque eu? Ele não tem amigos, namorada ou coisa assim?
Mais uma vez ele me desarma e realmente esse efeito me irrita. Eu nem o conheço, porque ele mexe comigo assim? Espera ai, ele mexe comigo?!    Meu Deus..
Olho para ele e ele esta com aquele olhar triste... começo a falar sobre meus livros favoritos na esperança de distraí-lo e puxar assunto. Ele me ouve atentamente, meio que fascinado enquanto eu exponho meu ponto de vista. Eu acabo me empolgando e falando por horas, e ele me olha com um olhar sereno de contentamento.

- Ah me desculpe eu acabei falando de mais...
 percebo quando vejo que só estamos nos dois no café.
- Obrigado por me contar sobre isso. Eu realmente fiquei feliz.
Sinto o rubor em minha face...    Não me olhe assim!
- Nagata-san eu preciso ir, então... até logo.

Me levanto da mesa, pego minhas coisas e caminho até a saída, Nagata-san também se levanta e me segura pelo braço, depois me soltando.

- Espere, eu te acompanho é perigoso uma garota andar sozinha a essa hora.
- Não sou mais uma criança... sei me defender.
Faço beicinho sem perceber e ele começa a rir.    Ah eu o faço sorrir!
- Então você me protege..

Caminhamos ate onde moro e nos despedimos. Vejo Nagata-san caminhando e quase que por impulso grito:
- Cuidado para não ser atropelado no caminho de volta....

Ele me olha e abre um sorriso. Então torna a caminhar até que desaparece na esquina. Puxa que dia.

Depois do meu primeiro encontro, por assim dizer,  Nagata-san vem me buscar todos os dias depois do meu expediente, e vamos conversando ate meu apartamento. Me sinto mais tranquila em relação a ele.
Durante as nossas muitas conversas ele foi me contando um pouco sobre sua vida e vagamente sobre seu passado. Chihiro Nagata, 29 anos , sua mãe morreu quando ele era um bebê, o pai trabalhava muito e eles quase não se viam, ele foi praticamente criado pelos empregados. Mora sozinho em um apartamento no centro da cidade. Sua personalidade é doce, um tanto triste, mas ele também consegue ser bem humorado quando quer. Nos tornamos amigos eu acho...


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

..." eu pensava que minha vida era boa, e foi nesse momento que você apareceu e me mostrou como eu estava enganado.."

Meu nome é Inu Nakahara, sou uma garota normal ao meu ver, tenho 22 anos, pele clara, cabelos negros e longos. Não tenho muitos amigos eu sei, na verdade eu mantenho uma distância segura das pessoas, mas estou bem assim...eu acho. Meu passatempo preferido é ler, romances para ser mais exata, confesso que tem um autor em particular que me chamou a atenção nesses últimos meses, seu nome é Chiro . Seus romances são muito bons, mas tenho a impressão de que ele transmite uma certa tristeza... não compreendo o porque. Nos seus livros não há  foto ou biografia...
  Trabalho em uma floricultura, inicialmente era apenas um trabalho de meio período mas acabei me apaixonando pelas flores e pela senhora Machiko, que sempre me apoiou, então resolvi ficar.
  Moro em um pequeno apartamento à dois quarteirões do trabalho, sozinha. Minha mãe se divorciou do meu pai depois que ele a traiu e se casou novamente, eu gosto do seu novo marido, ele parece ser gentil e amá-la seriamente, mas eu me sinto mal por estar atrapalhando a lua de mel deles, e eu tenho idade para morar sozinha afinal.

- Ah, mais um dia de trabalho chega ao fim... não vejo a hora de ler o novo romance do Chiro-san, será que                essa sensação de tristeza é coisa da minha cabeça?

Paro no semáforo, com meus pensamentos, quando vejo um homens alto, esguio e bem vestido, diga-se de passagem, passando por mim em direção ao outro lado da rua sem respeitar o sinal vermelho. Numa fração de segundos me vejo correndo em sua direção e o puxando com força para traz antes que um caminhão o atingisse.
Caímos na calçada  e todos estão nos olhando...caramba ele é pesado. Quando decido abrir meus olhos e fitar a pessoa em cima de mim me deparo com dois lindos olhos cinzentos me olhando com espanto e surpresa .

- Vo-você esta bem? digo finalmente, sentindo meu rosto enrubescer.
- Sim.. eu acho ...
- Eh...você poderia me deixar respirar? Você é pesado...

Por um instante vi a linha do deu lábio de contorcer num sorriso tímido, enquanto ele se levantava e estendia a mão para me ajudar alevantar também.

- Obrigado pela ajuda.... ele me olhando em expectativa
- Ino Nakahara. Não foi  nada, apenas preste atenção antes de atravessar a rua, já pensou no que poderia ter acontecido?  Digo num tom de represaria
- Sinto muito... diz quase num sussurro, e se virando ele vai embora me acenado um tchau.

Fico ali parada tentando entender o que aconteceu e o porquê eu dei um sermão nele...e eu nem perguntei seu nome. Bom, não importa sei que não vou velo novamente.
  Uma semana se passou desde esse incidente e eu estou no final do meu expediente, terminando um arranjo de rosas para o cliente que já deveria estar aqui... pronto esta lindo.(^^)

- Com licença, meu nome é Chihiro Nagata  e eu vim retirar um buquê de rosas que deixei encomendado com a senhora Machico...
- Ah sim, bem vindo...      Minha nossa é ele!
- Ora, que feliz coincidência, como vai senhorita?
- Bem obrigada e com o senhor?       parece até outra pessoa. O que aconteceu com aquele ar perdido daquele dia?
- Vou bem. Então o buquê...
- Ah sim, esta pronto vou buscá-lo, um momento por favor.

Pego o buque que havia preparado e o entrego. Ele me olha atentamente, e enfim esboça um sorriso.
Ele paga o buque e se dirige  saída.
  Paro no semáforo a caminho de casa, lendo o livro do Chiro-san. Me perco em cada parágrafo imaginando como alguém poderia escrever coisas tão lindas. Será que coisas assim são realmente possíveis?

- O sinal esta verde...

Ouço uma voz suave e gentil e  então volto a realidade.

- Ah me desculpe...

Quando olho para traz vejo aquele homem, me olhando, com uma expressão indecifrável no rosto. Espera, ele ainda esta com o buque, será que ele foi rejeitado?

- Ei, não me olhe assim, meu rosto esta sujo? As palavras pulando da minha boca
- Não, me desculpe, eu só queria lhe agradecer por me salvar aquele dia, você é uma garota forte. Aqui são para você - ele me entrega o buque.
- Espere... minha expressão revelando minha surpresa e duvida ao mesmo tempo.
- Eu encomendei o buque para agradecer a garota que me salvou na esperança de encontrá-la de novo aqui, então eu te encontro na floricultura, foi uma surpresa. Eu decidi esperar aqui e lhe entregar o buque, para não te trazer problemas - ele faz uma pausa - espero que goste.

- Eu gosto de flores... mas não precisava se preocupar eu fiz sem pensar na verdade...     boca grande!
-  Eu vejo, mas você me surpreendeu me dando aquela bronca (risos)....    Ah ele sorriu!
- Desculpe por isso...
- Sabe, eu sei que parece estranho assim de repente  mas você aceitaria tomar um café comigo?     O quê?